Com gols de Guilherme Mattis, Escudero, Rogério e Robert, Rubro-Negro vence clássico por 4 a 1 e pula da 6ª para a 4ª colocação da tabela. Maxi marca pelo Tricolor
Era tensão desde antes de a bola rolar. Arquibancada cheia, fogos de artifício antes do apito inicial. Era clássico: o primeiro Ba-Vi da Série B. Nas quatro linhas, uma partida que teve gol logo aos quatro minutos, duas expulsões, provocação, pressão e rede balançando ainda aos 49 do segundo tempo. A cada ataque, uma possibilidade de que tudo fosse diferente no momento do apito final. Mas o início e o fim tiveram a mesma essência: Vitória.
O placar traduziu a partida: vantagem do Rubro-Negro, que se deixou levar por poucos lampejos de reação tricolor. Bem postado, o dono da casa acertou na marcação, criou dificuldades para o rival e soube aproveitar as oportunidades. O Esquadrão conseguiu deixar viva, somente na primeira parte do jogo, aquela sensação de que o empate poderia surgir em um desleixo adversário. Um brilho que foi se apagando à medida que o cronômetro avançava.
As duas equipes voltam a campo na próxima terça-feira, às 19h30. O Bahia recebe o Paysandu na Arena Fonte Nova, enquanto o Vitória vai a Minas Gerais para enfrentar o Boa Esporte.
Marcação, velocidade e oportunismo: a tríplice rubro-negra
Quatro minutos. Gol do Vitória. Após um belo passe de Escudero, Guilherme Mattis subiu sozinho para abrir o placar no Barradão. Era o retrato da pressão que o Rubro-Negro iria imprimir nos minutos iniciais do clássico, com forte marcação desde o seu campo de ataque. Com Pittoni fortemente marcado por Flavio, o Bahia levou um tempo para se reorganizar e teve dificuldade de criação. Souza deixou escapar a melhor chance de empate do Tricolor, ao errar uma cabeçada na área, depois de cruzamento pela esquerda. Do meio para o fim do primeiro tempo, o ritmo diminuiu e o jogo teve maior equilíbrio.
Vitória mantém disciplina tática e reprisa primeiro tempo
O início do segundo tempo parecia reprise do primeiro. O Vitória manteve a proposta: se fechou e continuou a imprimir forte marcação na saída de bola do Bahia, anulando as ações do meio de campo tricolor. Nos primeiros minutos, Souza e Willians perderam chances de igualar o placar. Para festa dos rubro-negros presentes no Barradão, a resposta do dono da casa não tardou. Aos 17, pênalti para o Vitória: em contra-ataque, Adriano Apodi derrubou Diego Renan na área. Na cobrança, Escudero, em noite inspirada, bateu com tranquilidade para ampliar o marcador.
Do meio para o fim da segunda etapa, o Bahia se abateu. Os lampejos de vontade foram diminuindo, dando lugar à desorganização e lances de afobação. Restou a Rogério, que entrou no decorrer do duelo, fazer o terceiro: aos 36, em uma jogada rápida, Rhayner tocou na medida para que o atacante batesse de primeira. Ainda deu tempo para Maxi fazer o gol de honra do Bahia 41, de cabeça, e para duas expulsões. Aos 43, Souza e Escudero se desentenderam após um lance, o clima esquentou e sobrou vermelho para a dupla. Aos 48, Robert, o artilheiro do Brasil, fechou o caixão, com um belo chute de fora da área: 4 a 1 para o Vitória.
Que lavagem