Enquanto muitos vão atrás do trio até o último dia outros tantos (ou talvez poucos) gostariam de dar fim à folia. Cada um tem seu motivo para “encurtar” o Carnaval: seja cansaço, prejuízo nas vendas ou mesmo pela restrição comercial imposta pela marca patrocinadora. O que não faltam são argumentos para fazer desta segunda-feira (08/2) uma antecipada Quarta de Cinzas.
Parece estranho dizer que alguém torce para a maior festa de rua do planeta acabar, mas há quem vá justamente na contramão do agito.
Tem quem queira o fim dessa curtição toda “para ontem”. É o caso de Ednilson Figueiredo, o “faz tudo”, como mesmo se intitula.
“A gente que trabalha no carnaval não se alimenta direito, não dorme direito. Por mim o Carnaval acabava hoje, se eu estivesse curtindo aí seria outra história”, diz. O que Ednilson quer mesmo é, com a grana extra amealhada durante a folia, fazer seu ‘Carnaval particular’ com a esposa, viajando para o Litoral Norte após o período de festa.
Encontramos Jaqueline Santos de Oliveira na saída do trabalho. Exausta pela jornada extensa de labuta ela torce mais para o fim do Carnaval do que para o Brasil na Copa do Mundo.
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Alô, porteiro! Pois é, com o movimento maior que o habitual nos prédios da Barra, o abre e fecha de portões é intenso. Por isso mesmo José Jorge torce pelo fim da festa. “Eu queria que acabasse agora mesmo, só hoje e amanhã voltava para eu curtir e sair no meu bloco”, disse, rindo.
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Mas vem bronca por aí! Quem ficou no prejuízo quer esquecer o fracasso das vendas e voltar para a rotina. O ambulante Magno Dias da Silva está revoltado com a falta de fiscalização no circuito e com a restrição de marcas de cerveja.
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Pensa que só quem trabalha durante o evento momesco não aguenta mais o sobre e desce de caminhões? Encontramos um folião que está saturado do “oba oba” e quer mais que tudo acabe o quanto antes. “Por mim acabou a festa”, decretou Jorge Brito.
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Mas calma folião! Ainda temos segunda-feira, terça-feira e o famoso arrastão de quarta para botar o bloco na rua. Para alegria de muito… E infelicidade de outros tantos.
