Salvador se torna palco mundial da arte e ativismo na 2ª Conferência Global Artivism

Foto: Otávio Santos

Evento internacional conecta cultura, meio ambiente e justiça social em diálogo que antecede a COP30

Salvador recebe até esta quarta-feira (5) a 2ª Conferência Global Artivism, um encontro internacional que transforma a capital baiana no epicentro do debate entre arte, ativismo e sustentabilidade. O evento, parte da programação do Novembro Salvador Capital Afro, reúne artistas, líderes culturais e ativistas de mais de 100 países, em uma imersão que alia expressão artística e ação social.

Realizada no Hotel da Bahia by Wish e em diversos espaços do Centro Histórico, a conferência mobiliza mais de mil participantes, entre eles 800 artistas e ativistas, com 80 painéis, oficinas e performances ao longo de três dias. O encontro antecipa as discussões da COP30, que será sediada em Belém (PA), e reforça o papel da cultura na formulação de políticas climáticas e de justiça global.

A programação inclui experiências coletivas e sensoriais, como a oficina Cinzas da Floresta, a criação do Altar Comunitário da Terra e a mostra Entre em Arama: uma Tela Viva da Imaginação Coletiva. Para o curador do evento, Edgard Gouveia Júnior, o protagonismo artístico é essencial diante dos desafios contemporâneos. “As mudanças climáticas e os conflitos globais exigem novas respostas, e os artistas têm o poder de inspirar essas transformações”, destacou.

Nesta terça-feira (4), as atividades se espalham por ícones culturais do Pelourinho, como o Teatro Gregório de Mattos, o Espaço Cultural da Barroquinha e o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). À noite, os Largos Quincas Berro D’Água e Tereza Batista recebem apresentações de artistas brasileiros e internacionais.

O encerramento, na quarta (5), contará com o painel “Infraestrutura Cultural para o Longo Arco: sustentando o artivismo além das mudanças sociais”, com a participação da ministra da Cultura Margareth Menezes e da especialista norte-americana Maria Rosario Jackson.

Criado pelos sul-africanos Kumi Naidoo e Louisa Zondo, o movimento Global Artivism nasceu da crença na arte como força de transformação e mobilização. Após a estreia em Joanesburgo, em 2024, o evento chega à Bahia reafirmando a cidade como capital mundial da cultura negra e da resistência criativa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui