Salvador adota armadilhas inteligentes para combater mosquito da dengue com nova tecnologia

Foto: Ascom SMS

Iniciativa pioneira marca o início do Plano Verão Sem Mosquito 2025/2026 e busca reduzir focos do Aedes aegypti em áreas críticas da capital baiana

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador lançou nesta quinta-feira (9) uma nova frente tecnológica no combate às arboviroses, com a instalação das Estações de Disseminação de Larvicida (EDLs) armadilhas inovadoras voltadas à redução da proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação marca o início do Plano Verão Sem Mosquito 2025/2026, com o Bairro da Paz como ponto de partida.

A tecnologia, inédita na capital baiana, consiste em armadilhas que atraem o mosquito para a deposição de ovos. Ao entrar em contato com uma tela impregnada de larvicida, o inseto transporta o produto para outros criadouros, promovendo um controle indireto e ampliado inclusive em locais de difícil acesso.

De acordo com Lucrécia Lopes, subcoordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o método representa um avanço na interrupção do ciclo reprodutivo do vetor. “É uma solução baseada em ciência e sustentabilidade, ideal para regiões com histórico de vulnerabilidade como o Bairro da Paz. Esperamos resultados significativos a partir de 2026”, afirmou.

A iniciativa conta com o apoio técnico da Fiocruz Amazonas e do Ministério da Saúde, além de agentes municipais responsáveis pela instalação e monitoramento das EDLs. Os dispositivos serão avaliados ao longo de seis meses, com foco na queda dos índices de infestação.

Como parte da operação sazonal, o Plano Verão Sem Mosquito também inclui vistorias em locais estratégicos como escolas, terminais, hospitais, hotéis e colônias de pescadores. Estão previstas ainda ações educativas, mobilização comunitária e o 4º Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa), que segue até março de 2026.

Combinando inovação, vigilância ativa e participação social, a SMS aposta em uma abordagem mais eficaz para conter as doenças transmitidas pelo mosquito, especialmente durante o verão, período de maior risco epidemiológico.

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