O Projeto ALFA-EJA Brasil realizou a primeira formação presencial em São Francisco do Conde nos dias 29 e 30 de setembro. A ação teve como público alvo às assessorias das Secretarias Municipais de Educação e os gestores, educadores e professores da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). O intuito é fortalecer a modalidade no município.
A cidade é uma das 15 do Norte e Nordeste contempladas pelo projeto promovido pelo Instituto Paulo Freire, em parceria com a Petrobras. A programação em São Francisco do Conde incluiu debates sobre desafios e necessidades formativas da EJA, depoimentos de educadores e educandos e momentos de convivência que fortaleceram vínculos entre os participantes.
A primeira atividade do projeto Alfa-EJA em São Francisco do Conde ocorreu na segunda-feira (29), na sede da Secretaria Municipal de Educação. O encontro reuniu mobilizadores locais e regionais para alinhar as ações iniciais. Durante a reunião, a coordenadora do projeto, Sônia Couto, ressaltou a relevância da iniciativa: “O Alfa-EJA vem para fortalecer o EJA em São Francisco do Conde. Essa modalidade foi por muitos anos desprestigiada. Aqui no município percebemos um grande comprometimento com a EJA, então vamos fortalecer ainda mais”, afirmou.
No turno da tarde, no Complexo escolar do Alto da Bela Vista (CEJAL), aconteceu a formação dos educadores, agentes de inclusão, coordenadores pedagógicos e estudantes. Neste primeiro dia discutiram sobre a Memória do EJA. Uma análise profunda sobre a evolução e os impactos do analfabetismo na história brasileira. Destacando a importância da história como uma forma de entender e pensar soluções para os desafios atuais. Dinâmicas educacionais também fizeram parte do encontro.
A iniciativa recebeu elogios dos mobilizadores locais. Para a gerente da EJA na Secretaria de Educação, Márcia Mariño, o projeto chegou na hora certa: “O projeto é um presente. São Francisco do Conde foi presenteado. Isso vai oportunizar a formação dos educadores, trazer momentos formacionais também para gestores, comunidade civil, movimentos sociais. E para os estudantes da EJA, oficinas de leitura e escrita. O projeto Alfa-EJA Brasil vem para fortalecer a EJA, e busca motivar aqueles que estão fora do contexto escolar a dar continuidade aos seus estudos”, declarou.
Na terça-feira (30), a programação seguiu com mais formação. Pela manhã, no CEJAL, gestores, a comunidade civil, agentes culturais, conselheiros municipais e representantes de movimentos sociais também puderam entender melhor sobre o projeto e a importância do aprimoramento do ensino e da adaptação dos métodos para o próprio território. Dinâmicas ajudaram os inscritos a discutir ‘Qual EJA queremos para o amanhã?’. Pela tarde, educadores, coordenadores, agentes e estudantes continuaram sua formação refletindo sobre os desafios atuais da EJA e as perspectivas para o futuro da modalidade.
A professora formadora Uilma Amazonas reforçou que o envolvimento da comunidade é essencial para o avanço da EJA. “Gostaria de chamar todo mundo para apoiar e conhecer essa modalidade que é importante para a população escolar. Que venham contribuir e somar para que possamos melhorar esses índices que ainda são bastante significativos e que nós precisamos melhorar”, destacou.
