Presidente norte-americano cria polêmica ao sugerir que uso de Paracetamol por grávidas pode causar autismo. OMS afirma não haver evidências científicas.

Foto: Mike Seggar/Reuters

Por Eliezer de Santana Santos

Trump associa paracetamol ao autismo, e OMS desmente declaração

O presidente estadunidense Donald Trump se envolveu em nova polêmica sobre o uso de medicamentos. Na última segunda-feira (22), Trump afirmou que o uso do Paracetamol por gestantes poderia estar por trás do aumento nos diagnósticos de autismo no país. O mandatário afirmou, ainda, que alguns grupos que não tomaram vacinas e nem tomaram medicamentos, não há registro de autismo.

OMS rebate

A declaração foi prontamente desmentida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nota, a entidade afirmou que não existem bases científicas conclusivas para associar o uso do paracetamol ao autismo.

“As causas exatas do autismo não foram estabelecidas, e entende-se que há múltiplos fatores que podem estar envolvidos”, destacou a OMS. A organização reforçou que qualquer medicamento durante a gestação deve ser utilizado com cautela e sempre sob orientação profissional.

A Comissão Europeia também se manifestou. Segundo um porta-voz do bloco, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) não encontrou evidências que sustentem a hipótese levantada por Trump ao relacionar o Tylenol (nome comercial do paracetamol) à condição.

O que é o espectro autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por diferentes graus de dificuldades na comunicação, interação social e comportamento. Os sinais podem incluir atraso na linguagem, na aprendizagem ou nas habilidades sociais e emocionais.

Enquanto alguns indivíduos no espectro apresentam quadros mais severos, com ausência de fala e deficiência intelectual, a maioria manifesta formas mais leves.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, o aumento dos diagnósticos de TEA nas últimas décadas se deve principalmente a dois fatores:

  • critérios médicos mais abrangentes e melhores triagens;
  • maior procura por avaliação, impulsionada pela divulgação do tema e pela oferta de apoio educacional nas escolas.

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