O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil
As contas de luz terão bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, com custo adicional maior do que o verificado em maio aos consumidores, anunciou nesta sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A cobrança adicional no próximo mês será de R$4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos, versus custo extra de R$1,885 da bandeira amarela de maio, o que pode impactar a inflação.
“Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o país indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas”, afirmou a Aneel em comunicado.
Além da entrada no período seco, que afeta a energia hidrelétrica, ainda principal fonte da matriz brasileira, os custos de geração têm sido afetados por um modelo de precificação mais avesso a risco. Isso faz com que o preço no mercado de curto prazo aumente, ainda que os reservatórios das hidrelétricas estejam próximos de níveis considerados confortáveis no passado.
Alguns analistas já anteviam a declaração de bandeiras vermelhas ao longo do período seco.
Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas. A bandeira tarifária verde, que vigorou nos primeiros meses do ano, não implica em cobrança extra aos consumidores.
Invest News