Com o aumento das fraudes online, vítimas devem agir rapidamente para minimizar prejuízos e denunciar os criminosos
A facilidade das compras virtuais tem atraído cada vez mais consumidores — e, com ela, o crescimento exponencial de golpes digitais. Uma das fraudes mais comuns é a criação de sites falsos que imitam lojas conhecidas ou oferecem produtos com preços muito abaixo do mercado. Ao realizar uma compra em uma dessas páginas fraudulentas, o consumidor só percebe que caiu em um golpe após a confirmação do pagamento, sem jamais receber o produto.
Especialistas recomendam ações imediatas para tentar reverter o prejuízo. Se o pagamento foi feito via cartão de crédito ou débito, o primeiro passo é entrar em contato com o banco ou operadora para bloquear o cartão e contestar a cobrança. Já para transações via PIX ou transferência bancária, é essencial acionar o banco e solicitar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode permitir o estorno caso a fraude seja identificada a tempo.
Além disso, é importante reunir todas as provas da transação: prints da página falsa, comprovantes de pagamento, mensagens trocadas, nomes de empresas envolvidas e dados bancários dos golpistas. Esse material deve ser anexado ao boletim de ocorrência, que pode ser registrado presencialmente ou através das delegacias virtuais de cada estado.
Outra etapa essencial é notificar a instituição financeira, abrindo formalmente um processo de disputa ou reembolso. Dependendo do caso e da agilidade da denúncia, é possível recuperar os valores pagos.
A vítima também deve denunciar o site falso aos órgãos competentes, como o Procon, a plataforma Consumidor.gov.br, a SaferNet Brasil e, em casos mais graves, à Polícia Federal.
Por fim, se dados pessoais foram inseridos no site fraudulento, recomenda-se alterar todas as senhas utilizadas, ativar a verificação em duas etapas e monitorar o CPF em serviços como Serasa, SPC ou Boa Vista para prevenir futuras tentativas de fraude.
O caso serve de alerta para os consumidores: desconfie de preços muito abaixo da média, verifique a autenticidade do site, a existência de cadeado de segurança (https) e consulte o CNPJ e a reputação da loja antes de concluir qualquer compra online.

Redação