Parlamentares e lideranças baianas questionam gestão da Acelen e alertam para perdas de arrecadação e efeitos sociais
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (23), em Brasília, audiência pública para discutir os impactos da privatização da antiga refinaria Landulpho Alves — hoje refinaria Mataripe — e a política de importação de derivados. O debate foi solicitado pelos deputados Bacelar (PV-BA), Jorge Solla (PT-BA) e João Carlos Bacelar (PL-BA).
“A energia não pode ser tratada apenas com o mercadoria, ela é um direito estratégico para a soberania nacional e para dignidade do nosso povo brasileiro, a refinaria é nossa, a refinaria, está no estado da Bahia, a RLAM é do povo baiano” – Disse a Vereadora Daoana Sales (PP)
Todos os vereadores de São Francisco do Conde estiveram presentes, já que a refinaria é estratégica para a economia do município e responde por parte significativa da arrecadação de ICMS. A sessão da Câmara Municipal foi suspensa para permitir a participação coletiva na audiência.
“Essa batalha, é uma batalha importante pra Bahia de maneira especial, eu acredito que no governo do presidente Lula renovado, a partir de 2027 nós possamos avançar nesse projeto de maneira mais célere, agora, nós precisamos sustentar essa denúncia, que não fez com que diminuísse o preço dos produtos dentro do estado da Bahia, quanto mais fora dele,e que portanto nós realmente acreditamos que é necessário que a RLAM volte cedo por brasileiro, através da federação, da federalização novamente da RLAM, recolocando ela no lugar que ela não deveria ter saído.” – Relatou Lídice da Mata (PSB)
Vendida em 2021 pela Petrobras ao grupo Mubadala e hoje operada pela Acelen, a refinaria tem sido alvo de críticas de parlamentares e lideranças locais, que apontam perdas na arrecadação, riscos à economia regional e problemas na política de importação adotada pela nova gestão.
Além dos deputados baianos, participaram representantes da Acelen, sindicatos e especialistas do setor, que debateram impactos sociais, econômicos e possíveis medidas de fiscalização.
Redação
