Estado articula fortalecimento da cadeia produtiva com distribuição de sementes, assistência técnica e foco em sustentabilidade energética
Maior produtora nacional de mamona, a Bahia avança em articulações estratégicas para revitalizar o cultivo da oleaginosa como alternativa sustentável para o semiárido. Em reunião virtual realizada nesta quinta-feira (18), representantes do setor público e de entidades produtivas discutiram medidas para reestruturar a cadeia da mamona, com ênfase na ampliação da produtividade, na segurança agrícola e no fornecimento adequado de sementes.
O encontro contou com a presença da Secretaria da Agricultura (Seagri), além de instituições como a Embrapa, CODEVASF, CAR, Bahiater, FAEB/Senar e representantes de prefeituras do interior baiano. Segundo o secretário Pablo Barrozo, a mamona é estratégica para o fortalecimento da agricultura familiar e deve se alinhar a políticas como o Programa Estadual de Transição Energética (PROTENER) e a Lei de Combustíveis do Futuro, que incentivam o uso de biocombustíveis e práticas agrícolas sustentáveis.
>Atualmente, muitos produtores utilizam sementes caseiras, o que compromete o rendimento das lavouras. A proposta da mobilização é suprir essa deficiência, com a estimativa de distribuição de 500 toneladas de sementes certificadas para beneficiar cerca de 65 mil famílias agricultoras. O uso de variedades adaptadas ao clima semiárido, como a cultivar BRS Energia da Embrapa, foi apontado como fundamental para elevar a eficiência produtiva.
Tradicionalmente cultivada entre outubro e dezembro, com colheita de março a junho, a mamona tem relevância econômica crescente. Seu principal produto, o óleo de rícino, abastece os setores de biocombustíveis, cosméticos, farmacêutico e industrial, gerando renda e empregos no campo. A iniciativa representa um passo importante para dinamizar a agricultura no semiárido e integrar pequenos produtores a mercados sustentáveis e de alto valor agregado.
