Alba promove audiência de políticas públicas de esporte e lazer para mulheres

Na análise do deputado, os últimos anos registraram um avanço significativo nesse segmento.


A comissão Especial de Desporto, Para desporto e Lazer realizou, na manhã desta quarta-feira (17), Sob a presidência do deputado Bobô (PC do B), a audiência pública sobre Políticas Públicas de Esporte e Lazer para as Mulheres. Na análise do deputado, os últimos anos registraram um avanço significativo nesse segmento, com mais investimentos e projetos patrocinados pelo Governo do Estado em todas as modalidades esportivas, mas ainda “há um longo caminho” a ser trilhado.

A Assembleia Legislativa, disse, “tem um papel fundamental” como lugar de diálogo e promoção dos debates, que resultem em mais investimentos e na consequente melhoria de vida das mulheres desportistas. É o que está acontecendo na Bahia, revelou Juliana Camões, coordenadora do Núcleo Mais Mulheres no Esporte, da Superintendência dos Esportes (Sudesb), com o projeto Remando em Águas Baianas. Atualmente, ele conta com 45 mulheres em recuperação de câncer de mama que participam do Dragon Boat, uma modalidade da canoagem que contribui para a reabilitação física das pacientes. Da lista dos benefícios da prática da canoagem Dragon Boat constam a redução dos inchaços, dores e sensação de peso nos braços; fortalecimento e elasticidade dos músculos; prevenção e controle de linfedemas e aumento da autoestima e alívio do estresse. O remando em Águas Baianas é realizado em todo o Estado.

A Sudesb desenvolve também uma série de outros projetos através do Núcleo Mais Mulheres no Esporte, além do acompanhamento das atletas. Ações voltadas ao alto rendimento, informação e prevenção ao dopping e as que focam nas esportistas iniciantes são alguns projetos desenvolvidos pelo Núcleo. A Bahia, inclusive, tem revelado atletas campeãs mundiais e deve representar o Brasil nas Olimpiadas de Paris no bicicross com Paola Reis, campeã da categoria elite feminino no Campeonato Brasileiro de BMX Racing do ano passado.

O trabalho desenvolvido pelo Núcleo mereceu reconhecimento oficial. No mês passado ele foi agraciado com o Selo Lilás, uma certificação do Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas para as Mulheres, para empresas baianas que adotam, efetivamente, políticas de igualdade de gênero e atuam na defesa das mulheres contra a discriminação, o assédio e a violência sexual. A própria superintendência também já foi premiada, disse Juliana Camões, mas pela ONU em 2021 por serviços públicos prestados em questões de gênero.

A Superintendência, na questão dos esportes femininos, vem investindo em diversas modalidades, com projetos como Natação em Rede, copas femininas de futebol, em lutas e combate e Nado Artístico. Nesta modalidade, inclusive, a equipe baiana conquistou o terceiro lugar no campeonato nacional seis meses apenas após ter sido formada, o que foi comemorado por Camões.

O crescente investimento do Estado para agregar mais mulheres aos esportes também foi reconhecido por Selma Morais, ex-presidente da Federação de Automobilismo da Bahia e primeira jornalista especializada no tema na Bahia. Segundo ela, na primeira edição do Rallye do Batom, que pretendia atrair a participação feminina para o esporte, não apareceu nenhuma, apenas homens travestidos de mulheres. Hoje, na sua 27ª edição, o Rallye conta com mulheres em 90% dos inscritos.

Atualmente, após “abandonar os carros”, ela promove o projeto Coroa de Mochila, que pretende incentivar mulheres com mais idade a se integrarem às peregrinações que vem praticando, como, por exemplo, ao Caminho de Santiago de Compostela, onde anda 800 quilômetros para cumprir todo o trajeto.










Alba

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