Se o afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República trouxe problemas para o governador Rui Costa (PT), para o prefeito ACM Neto (DEM) os efeitos são outros
Se o afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República trouxe problemas para o governador Rui Costa (PT), para o prefeito ACM Neto (DEM) os efeitos são outros. O chefe do Palácio Thomé de Souza tem ao lado do presidente interino Michel Temer o aliado de primeira hora Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia. Assim que foi confirmado no Senado o impedimento de Dilma, o democrata convocou uma coletiva de imprensa para falar da relação da sua administração com o novo governo.
Em sua exposição, o prefeito fez questão de afirmar que Salvador e a Bahia só têm a ganhar com a nova administração, mas pediu paciência para que o aliado coloque ordem na casa. “É claro que o início de um novo governo pressupõe calma, paciência e tempo para organizar as coisas, colocar a casa em ordem, compor uma nova equipe de trabalho, mas tenho certeza que tão logo superado esse primeiro momento de arrumação da casa, Salvador e a Bahia podem esperar muita atenção por parte do presidente Michel Temer”, prometeu.
Neto manteve um discurso otimista, mas cauteloso. “Não se pode esperar tudo da noite para o dia, ninguém vai fazer milagre, ninguém conserta tantos problemas com rapidez, mas tenho certeza que as coisas vão retornar ao seu eixo e, superado o primeiro momento mais difícil de arrumação da casa, depois o Brasil retomará o seu caminho do crescimento”, apontou.
O prefeito reiterou que Geddel Vieira Lima, no posto de ministro-chefe da Secretaria de Governo, “será um parceiro da prefeitura de Salvador e certamente também do estado da Bahia”. “Ele tem conhecimento pleno de todas as pautas dessa cidade e já disse claramente que vai lutar pessoalmente para que as coisas aconteçam em benefício de Salvador. Para nós, é bastante positivo ter Geddel forte em Brasília”, frisou.
Sem deixar de alfinetar o PT, o prefeito disse que espera contar com a colaboração do adversário político para reverter a situação de crise no país. “Eu disse que independentemente do resultado, fosse ele o de afastamento da presidente ou de manutenção dela, nós iríamos procurar logo em seguida construir uma pauta positiva para o país. Eu espero que a postura do PT seja essa, de distensionar, de construir os caminhos para o futuro e de entender que muito mal já foi causado aos brasileiros. Agora é a hora de dar as mãos para construir um novo momento na economia e mudar a vida do cidadão do nosso país”, enfatizou.
