Fecomércio projeta o melhor Natal dos últimos dez anos na Bahia

Imagem de clientes em compras - Foto: Reprodução rede social

Por Eliezer de Santana
Entidade espera crescimento de 2% em relação a 2024 e faturamento de R$ 22,6 bilhões

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA) projeta que as vendas do período natalino de 2025 devem superar os resultados de 2024, alcançando o melhor desempenho dos últimos dez anos. A entidade estima um faturamento de R$ 22,6 bilhões em dezembro, o que representa crescimento de 2% em relação ao ano passado — quando houve alta de 6,8%.

Embora o Natal seja tradicionalmente marcado pela compra de presentes, o maior avanço previsto é no setor de farmácias e perfumaria. A expectativa é de crescimento de 11%, com faturamento estimado de R$ 1,6 bilhão — o maior valor mensal desde o início da série histórica, em janeiro de 2011. Segundo a Fecomércio, itens como cosméticos, perfumes e produtos de higiene e beleza ganham destaque nesta época do ano.

Outro segmento que deve impulsionar as vendas é o de supermercados, com previsão de aumento de 5% em comparação com 2024. A entidade destaca que, apesar de não estar diretamente ligado à compra de presentes, o setor é essencial para a aquisição de alimentos, bebidas e insumos utilizados em encontros familiares, confraternizações e eventos de fim de ano.

O setor de eletrodomésticos e eletrônicos também deve registrar avanço. Pesquisas da Fecomércio apontam alta de 3%, impulsionada pela venda de telefones, televisores, computadores e outros itens muito procurados no Natal. Já segmentos como materiais de construção, artigos esportivos, joalherias, lojas de chocolates, petshops e similares devem crescer cerca de 1%.

Para o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes, o resultado de dezembro é impulsionado principalmente pela entrada do 13º salário. A entidade estima, com base em dados do Dieese, que cerca de R$ 2,5 bilhões devem ser destinados às compras no varejo baiano neste mês.
“Esse valor representa o adicional típico do período natalino, mostrando a relevância do 13º salário para o desempenho do comércio. São quase 90 mil vínculos formais a mais do que no final do ano passado, contribuindo para um 13º mais robusto”, pontuou.

Alta dos juros preocupa

Apesar do cenário positivo, a Fecomércio alerta para o impacto dos juros elevados, que inibem o crédito e aumentam o endividamento da população — fazendo com que muitos consumidores utilizem o 13º salário para quitar dívidas. Ainda assim, a avaliação é otimista.

“O mercado de trabalho aquecido ajuda a equilibrar o cenário, com a menor taxa de desemprego da série histórica do Estado, 8,5% no terceiro trimestre. Além disso, a inflação na região mantém tendência de arrefecimento, acumulando 4,40% em 12 meses”, analisa Guilherme Dietze, economista da Fecomércio-BA.

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