Mercado de Trabalho Baiano Avança, mas Ainda Enfrenta Desafios Estruturais

P1Ba - Avenida 7 de setembro, comércio popular de Salvador

Estado registra melhora expressiva na renda, ocupação e redução do desemprego, porém permanece entre os piores indicadores do país

A conjuntura do mercado de trabalho baiano voltou a dar sinais de vigor no terceiro trimestre de 2025. Dados mais recentes revelam aumento da ocupação, crescimento do rendimento e redução do desemprego, indicando uma economia em lenta, porém consistente, retomada. Embora o estado registre avanços importantes, incluindo recorde no número de pessoas trabalhando e a menor taxa de desocupação em mais de uma década, persistem desafios estruturais que mantêm a Bahia entre os piores indicadores do país. A seguir, um panorama dos principais movimentos que moldam o cenário laboral baiano neste período.

Principais Pontos
  • Renda em recuperação: rendimento médio mensal na Bahia chega a R$ 2.278, com alta frente ao trimestre anterior e ao ano; valor, porém, segue como o segundo menor do Brasil.
  • Salvador e RMS em alta: capital registra média de R$ 3.251 e a Região Metropolitana, R$ 3.025, ambas com crescimento.
  • Expansão expressiva da massa salarial: estado movimenta R$ 14,63 bilhões, impulsionado pelo aumento do trabalho.
  • Setor público e autônomos puxam a ocupação: administração pública e serviços sociais lideram contratações; trabalhadores por conta própria seguem em forte expansão.
  • Recorde de ocupados: Bahia atinge 6,554 milhões de trabalhadores, maior volume desde 2012.
  • Desemprego em queda histórica: taxa recua para 8,5%, menor em 13 anos, mas ainda a 3ª maior do país.
  • Salvador e RMS mantêm índices elevados: capital empata com o estado; RMS segue como a pior entre as regiões metropolitanas pesquisadas.
  • Informalidade diminui: taxa cai para 51,5%, menor para um 3º trimestre desde 2016.
Panorama Geral

A Bahia encerrou o terceiro trimestre de 2025 com sinais firmes de recomposição econômica: mais pessoas ocupadas, renda em ascensão e recuo do desemprego. O movimento foi acompanhado por uma expansão robusta da massa salarial, que atingiu R$ 14,63 bilhões, demonstrando maior circulação de recursos decorrentes do trabalho.

Apesar dos avanços, a renda média baiana permanece entre as mais baixas do país, refletindo desigualdades históricas. Salvador e sua região metropolitana também exibem alguma melhora, mas continuam figurando entre os menores rendimentos nacionais.

Setores em Destaque
Administração Pública, Educação e Saúde
  • Maior salto trimestral, com 92 mil novos postos, alcançando 1,285 milhão de ocupados.
Agropecuária e Indústria
  • Agropecuária acrescenta 33 mil trabalhadores.
  • Indústria lidera na comparação anual, com aumento de 114 mil vagas.
Mercado de Trabalho por Tipo de Vínculo
  • Conta própria: avança para 1,859 milhão, maior crescimento anual entre as formas de ocupação.
  • Setor público: soma 49 mil novos vínculos.
  • Com carteira assinada: chega a 1,771 milhão, recorde para um 3º trimestre.
  • Sem carteira: recua 47 mil no trimestre.
Desemprego e Desalento

A Bahia registra a menor taxa de desocupação em 13 anos, chegando a 8,5%. Ainda assim, permanece entre as três maiores taxas do país. O desalento também diminuiu, embora o estado continue liderando o ranking nacional.

Em Salvador, o desemprego repete o índice estadual, enquanto a Região Metropolitana mantém o patamar mais elevado entre as áreas analisadas pela pesquisa.

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