Câncer de próstata avança na Bahia e já responde por quase 20% das mortes por neoplasias em homens

Taxa de mortalidade cresce mais de 50% em duas décadas, e especialistas reforçam importância do diagnóstico precoce

A Bahia registrou, em 2024, 1.600 mortes causadas pelo câncer de próstata, o equivalente a 18,7% de todos os óbitos masculinos por neoplasias malignas no estado. O levantamento, divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), evidencia a gravidade da doença, que permanece como a principal causa de morte por câncer entre os homens baianos.

De acordo com o estudo, a taxa de mortalidade saltou de 14,6 para 21,9 por 100 mil habitantes entre 2000 e 2024, um crescimento superior a 50%. Embora o número absoluto de casos tenha apresentado ligeira redução, a tendência histórica indica avanço contínuo tanto na incidência quanto nos óbitos, acompanhando o cenário nacional.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta o envelhecimento populacional como um dos fatores determinantes para o aumento dos casos, ao lado de elementos como herança genética, obesidade e exposição a compostos químicos utilizados em setores industriais, entre eles aminas aromáticas, arsênico e derivados do petróleo.

Durante o Novembro Azul, campanha anual de conscientização, autoridades de saúde reforçam a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce. Exames regulares e adoção de hábitos saudáveis são medidas essenciais para reduzir mortes evitáveis e elevar as chances de cura, sobretudo entre homens com mais de 50 anos ou histórico familiar da doença.

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