Valores antes considerados normais agora são classificados como pré-hipertensão; medida visa fortalecer ações preventivas contra doenças cardiovasculares.
Durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado nesta quinta-feira (18), foi apresentada uma nova diretriz conjunta que altera significativamente a forma como se interpreta a pressão arterial. Elaborado por três importantes entidades médicas, Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) o documento passa a classificar como pré-hipertensão os níveis de 120 a 139 mmHg para a pressão sistólica e/ou de 80 a 89 mmHg para a diastólica.
Anteriormente enquadrados como valores normais, esses índices passam a demandar maior atenção clínica, com foco em medidas preventivas. A proposta da reclassificação é antecipar a intervenção médica antes do surgimento efetivo da hipertensão, por meio de recomendações de mudanças no estilo de vida e, conforme o perfil de risco do paciente, possível prescrição medicamentosa.
A nova abordagem reflete um esforço integrado das sociedades médicas para conter o avanço das doenças cardiovasculares, principais causas de morte no país.