Iniciativa oferece aulas noturnas para jovens e adultos, promovendo a inclusão educacional e socialização, enquanto combate o analfabetismo no município
Desde o dia 7 de julho, a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) de Alagoinhas, em consonância com as diretrizes do Programa Brasil Alfabetizado, tem promovido a formação educacional de adultos no município. Com aulas ministradas de segunda a quinta-feira, das 18h às 20h30, a iniciativa visa aprimorar as competências de leitura e escrita, adotando métodos pedagógicos eficazes para atender às necessidades específicas deste público.
O programa, uma ação conjunta do Governo Federal e das prefeituras, busca erradicar o analfabetismo entre jovens e adultos a partir dos 15 anos, promovendo a inclusão social por meio do acesso à educação. De acordo com Rita Bastos, secretária da Seduc, 70 alunos estão matriculados no programa, distribuídos entre quatro turmas — três na zona urbana e uma na área rural. Além disso, os alfabetizadores participam de formação continuada, com encontros quinzenais, garantindo a atualização constante das práticas educacionais.
Leonídia Batista dos Santos, aluna de 67 anos, compartilha como o programa tem impactado sua vida: “Antes eu passava muito tempo em casa, e isso me fazia sentir desmotivada. Agora, ao aprender a ler e escrever, sinto-me revigorada e mais conectada com o mundo. No primeiro mês, já reconheci todas as letras do alfabeto, até aquelas que eu nem sabia que existiam”, diz emocionada. Por sua vez, Joana Batista dos Santos, de 71 anos, revelou as dificuldades iniciais, mas confessou que a força dos colegas e o apoio da professora foram fundamentais para sua persistência. “Embora tenha baixa visão, as aulas e a paciência da professora me incentivaram a continuar. Meu grande desejo agora é aprender a ler os folhetos da igreja”, afirma com determinação.
Ivanildes da Silva Santos, professora responsável pela turma carinhosamente chamada de Escola Boa Idade, destaca os desafios diários enfrentados pelos alunos da terceira idade, mas também sublinha a enorme vontade de aprender que eles demonstram. “Nos primeiros encontros, trabalhamos a identidade e a história de vida de cada um, abordando temas de bem-estar, saúde e, claro, educação. Para além da alfabetização, este é um espaço de integração e socialização, onde a troca de experiências se transforma em aprendizagem”, conclui a educadora, evidenciando o impacto positivo do programa não apenas no aspecto cognitivo, mas também na vivência comunitária.
Secom – Foto: Roberto Fonseca/Alagoinhas