PREPARE-SE: Ceia de Natal vai pesar mais no bolso do baiano neste 2024

Foto: Reprodução Internet

Quem de fato puxa o valor da cesta de natal para cima é o azeite de oliva, com uma alta de 21,30% este ano

A ceia de Natal deste ano vai ficar bastante salgada para o brasileiro, principalmente se ele não pesquisar com calma onde comprar os principais itens natalinos. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), os alimentos que compõem a mesa da comemoração ficaram 9,16% mais caros em 2024, de acordo com prévia do IPC da FIPE.

Em se tratando de uma cesta natalina completa com 15 itens, entre eles a tradicional caixa de bombom, o panetone, o lombo e o vinho, o preço médio em novembro deste ano foi de R$ 439,30, enquanto em dezembro do ano passado foi R$402,5. Com essa realidade, quem quiser cear decentemente na noite do dia 25 de dezembro vai ter que escolher entre aceitar os gastos ou fazer uma vaquinha com os parentes. Caso contrário, restará às famílias menos abastadas fazer uma listinha com os itens preferidos para abrir mão do que é ‘luxo’.

Quem de fato puxa o valor da cesta de natal para cima é o azeite de oliva, com uma alta de 21,30% este ano. Em alguns mercados de Salvador o frasco de 500ml do extra virgem fica entre R$ 40 e R$ 50. Outros alimentos sempre presentes no festejo natalino não ficaram para trás: depois do azeite, o maior aumento foi lombo de porco (19,72%), seguido do suco néctar de laranja (16,19%); a azeitona (9,06%), o palmito (8,48%), o peru (8,28%), o bombom (6,31%).

Nesse Natal, não escapou da alta nem mesmo a uva (4,49%), que nas casas de muitas famílias costuma ficar espalhada pelas mesas, matando a fome do povo enquanto a ceia não é liberada.

Na capital baiana, a população não ficou nem um pouco satisfeita com a alta nos preços dos itens natalinos, no entanto, muita gente garantiu que vai garimpar os melhores valores. “O jeito vai ser comprar aos pouquinhos conforme o mercado que tiver mais barato. Pedir para os parentes levarem um prato, como a gente sempre faz. E as frutas vamos comprar nas feiras de rua mesmo, ali na Avenida Joana Angèlica a gente encontra todas, principalmente a uva”, contou a balconista Alecssandra de Oliveira, enquanto fazia compras no Assaí dos Barris.

Numa volta por dois grandes supermercados, a Tribuna da Bahia verificou que o preço do lombo varia entre R$ 15 a R$30. O peru vai depender da marca e do peso, podendo variar de R$45 a R$ 100. O suco de laranja de caixa foi encontrado de vários valores, entre R$ 5 a R$12. As azeitonas com caroço também tem preços que vão variar conforme o peso: o pacote com 120ml fica em torno de R$5 e o quilo R$ 30.

Frutas – Nesse Natal, não escapou da alta nem mesmo a uva (4,49%), que nas casas de muitas famílias costuma ficar espalhada pelas mesas, matando a fome do povo enquanto a ceia não é liberada.

Para o economista Gustavo Assis, os valores podem variar de cidade para cidade e vai depender dos estabelecimentos, mas o fato é que o aumento chegou no bolso do

brasileiro este ano. “Questões como clima, como produção, acesso da produção ás cidades interfere, mas o aumento chegou para todo mundo de maneira geral”.

Aumento das carnes foi o destaque da prévia do IPC da FIPE

De acordo com Guilherme Moreira, coordenador da pesquisa, o destaque do levantamento é o aumento significativo nos preços das carnes de maneira geral. Mesmo com a sazonalidade normal, que já gera uma variação positiva nos preços, o clima também contribuiu para o aumento dos preços dos produtos.

De acordo com o coordenador da pesquisa da FIPE, Guilherme Moreira, o que se destacou no levantamento foi o significativo aumento nos preços das carnes. Ele explica que questões climáticas e de logística explicam o aumento da cesta, para além da sazonalidade normal.

Segundo ele, a FIPE também analisa a variação de preços de produtos que costumam ser comprados por famílias para as comemorações de fim de ano. No levantamento, as carnes também se destacaram pelo aumento de preços, com o quilo do pernil com osso variando 17,80% e o filé mignon com alta de 16,87%. Apenas a farofa teve uma queda, de 7,23%.

Tanto as frutas, como pêssego (+13,79%), uva (+4,49%) e morango (+12,02%), quanto os sucos, como néctar de laranja (+16,19%) e néctar de morango (+3,95%), apresentaram aumentos expressivos. Conforme o pesquisador, a laranja teve alta expressiva por causa do clima “A safra da fruta foi especialmente impactada pelas variações climáticas em 2024”, explicou.

Trbn

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