Contra Zika, governo distribui 228 mil repelentes para grávidas baianas

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Recomendação é utilizar o produto durante o verão, a estação mais quente do ano, período em que a proliferação do Aedes aegypti é maior

 

Dois anos após ser decretado o fim da emergência nacional em saúde pública para zika e microcefalia, as ações de enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, continuam sendo mantidas.

Na Bahia, estão sendo distribuídos 228 mil repelentes para mulheres grávidas de 118 municípios do estado. O lote integra o estoque residual do produto, que começou a ser ofertado para a população em 2017, como uma determinação do Ministério da Saúde (MS).

De acordo com  Akemi  Chastinet, sanitarista da diretoria de Vigilância Epidemiológica estadual, as cidades foram escolhidas com base em critérios epidemiológicos. Os repelentes começaram a ser distribuídos no último mês de dezembro do ano passado e devem ser entregues às gestantes até o fim desde mês. A ideia é que elas usem o produto durante o verão, que é o período de maior intensidade de reprodução do vetor, até o início do outono.

“O estoque é suficiente para usar nos quatro primeiros meses do ano. Mesmo no momento em que não temos uma situação importante do zika registrada, a gestante deve usar, porque a presença viral é mais difícil de controlar, o que a gente busca controlar é a freqüência do vetor. Temos que estar sempre batendo nessa tecla da prevenção do mosquito e individual, principalmente das gestantes, através do uso do repelente”, explicou a sanitarista.

Segundo dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab)  foram confirmados 327 casos de microcefalia associada à infecção pelo zika vírus, em 2016, ápice do surto no país. Ano passado, até o mês de novembro, a secretaria registrou 138  notificações da doença, com a confirmação de oitos casos.

Akemi Chastinet lembrou que o perigo do vírus é maior para as gestantes no primeiro trimestre de gravidez, pois o feto está em formação. No entanto, ela aconselha que a proteção não só com repelentes, mas também com barreiras físicas, como roupas longas, se estenda por toda a gestação.

Atendimento

Além da microcefalia, as crianças que nasceram com a chamada Síndrome da Zika Congênita podem apresentar lesões cerebrais, problemas oftalmológicos, articulares, surdez, além de outras alterações. Por esse motivo, elas precisam de atendimento multidisciplinar, que envolve, entre outros profissionais,  fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta.

Em Salvador, um dos locais onde os pais encontram atendimento gratuito é no Centro Estadual para Reabilitação de Deficiências (Cepred), situado na Avenida ACM. “A criança deve estar sendo atendida pela Atenção Básica, buscando a estimulação precoce. A depender da necessidade, ela podem também  ter acompanhamento em um centro de reabilitação”, finalizou  Chastine

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRBN por Jordânia Freitas

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