Dica: Dor muscular é necessária para gerar hipertrofia?

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Desconforto na musculatura pós-treino não é agente decisivo na corrida por massa muscular

 

“Sem dor, Sem ganho!”. Esta é a máxima que circula entre os frequentadores de academias e esportistas que correm atrás da boa forma ou de alto rendimento muscular. Nós trocamos a exclamação do bordão por uma interrogação: Sem dor não há ganho? Ou, para se ganhar massa muscular, é necessário sentir dor na musculatura? É isso que pretendemos desmistificar aqui, após pesquisadores brasileiros e canadenses publicarem um artigo recente no “The Journal of Physiology”, revelando evidências científicas interessantes que ajudam a esclarecer a questão.

Quando se fala que sem dor não se tem ganho, a leitura óbvia é que se o exercício não provocar um dano muscular e causar aquele quadro de dor que se manifesta com maior intensidade no dia seguinte, não haverá estímulo para aumentar a massa muscular. Quando esta questão é discutida no ambiente dos praticantes de musculação mais “pesada”, a necessidade de provocar dor para ganhar massa muscular é quase um consenso.

Mas o que a ciência fala a respeito?

Um artigo recentemente publicado no The Journal of Physiology por pesquisadores brasileiros e canadenses apresenta evidências muito interessantes que ajudam a esclarecer esta questão. Os pesquisadores avaliaram o aumento da síntese de proteínas musculares em indivíduos submetidos a treinamento com pesos durante um período de 10 semanas. No início do período de treinamento os indivíduos apresentavam o quadro típico de micro lesões acompanhado da dor muscular. Este quadro estava associado ao aumento de síntese de proteínas, porém não era acompanhado de hipertrofia muscular.

Nas fases subsequentes do período de treinamento os indivíduos não mais apresentavam o quadro de dor muscular. Neste momento continuava a existir o efeito do treinamento aumentando a síntese de proteínas, e surpreendentemente a partir daí o aumento de síntese proteica era acompanhado de hipertrofia muscular.

Os resultados sugerem que “sem dor existe mais ganho”! O estudo foi muito bem conduzido, com uma metodologia cientificamente incontestável e publicado em uma revista científica muito valorizada.

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Referência: J Physiol July 2016, DOI: 10.1113/JP272472

com Informações/Eu Atleta

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